sexta-feira, 7 de novembro de 2014

O que é o tempo?


Segundos percorrendo sem parar?
Experiencias vividas em par?
Bons drinks tomados na mesa de um bar?

Sinto-me como um relógio de madeira
que o tempo raspa seus ponteiros fazendo marcas profundas,
únicas,
como se assim fosse única forma existir

Cada segundo é único,
me marca profundo,
até sangrar,
como se cada minuto eu vivesse sem jamais esquecer.

O tempo passa e a gente não mais recorda
mas se aquele ponteiro como navalha
não tivesse nos talhado até alma.

Não seriámos jamais quem somos hoje,
nem jamais preveriamos quem pudessemos ser amanhã.

Não como se isso fosse aletório e único,
mas a verdade é que não há outro caminho.

Percorremos tudo isso como obrigatoreidade,
sem no tempo podermos mandar, alterar ou controlar,
como se só pudemos encolhernos um pouco mais,
e fazer com que a navalha não vá tão profundo.

Mas a verdade que mais dói,
é que a cada segundo,
essa navalha nos fere fundo,
profundo,

e nos marca com mais um segundo.

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