Segundos percorrendo
sem parar?
Experiencias vividas
em par?
Bons drinks tomados
na mesa de um bar?
Sinto-me como um
relógio de madeira
que o tempo raspa
seus ponteiros fazendo marcas profundas,
únicas,
como se assim fosse
única forma existir
Cada segundo é
único,
me marca profundo,
até sangrar,
como se cada minuto
eu vivesse sem jamais esquecer.
O tempo passa e a
gente não mais recorda
mas se aquele
ponteiro como navalha
não tivesse nos
talhado até alma.
Não seriámos
jamais quem somos hoje,
nem jamais
preveriamos quem pudessemos ser amanhã.
Não como se isso
fosse aletório e único,
mas a verdade é que
não há outro caminho.
Percorremos tudo
isso como obrigatoreidade,
sem no tempo
podermos mandar, alterar ou controlar,
como se só pudemos
encolhernos um pouco mais,
e fazer com que a
navalha não vá tão profundo.
Mas a verdade que
mais dói,
é que a cada
segundo,
essa navalha nos
fere fundo,
profundo,
e nos marca com mais
um segundo.