quarta-feira, 9 de julho de 2014

É visceral.



É como se estivesse aqui,
palpitando com meu coração.

É como se fosse muito real,
como se tivesse crescido aqui,
como se eu mesmo tivesse regado,
como se eu mesmo tivesse plantado.

É como se fosse mais raiz do que caule,
é como se fosse profundo,
é como se tivesse caído no terreno seco,
e para crescer tivesse que ter ido o mais fundo possível para encontrar água.

É como se fosse tudo o que eu menos queria,
é como se fosse irreal,
é como se eu pudesse negar,
é como se eu pudesse esconder.

Na verdade, não é...
É como se fosse real e é real.
é como se fosse meu e é meu.
é como se fosse natural e é natural.

É como se fosse romance,
é como se fosse amor,
é como se fosse paixão.

É como se fosse o que alguns conhecem,
mas não é como se fosse simples,
não é como se fosse fácil,
e nem é como se fosse comum.

Acho que na verdade é como se já fosse
e não é como se parecesse.

Não é como se fosse meu,
como se meu dissesse sobre o que me pertence.
mas é como se fosse meu,
como se meu fosse somente uma palavra que liga a pessoa a mim,

não me pertence,
não me completa,
não me torna alguém,
mas
é como se comigo estivesse,
é como se ao meu lado me alegrasse,
é como se junto me animasse.

Não é sobre ilusão,
é sobre vivencia,
não é sobre revolução,
é sobre sinceridade e coerência.

é sobre mim,
pois olhando para dentro,
sei que não sou ilha.