sexta-feira, 7 de novembro de 2014

O que é o tempo?


Segundos percorrendo sem parar?
Experiencias vividas em par?
Bons drinks tomados na mesa de um bar?

Sinto-me como um relógio de madeira
que o tempo raspa seus ponteiros fazendo marcas profundas,
únicas,
como se assim fosse única forma existir

Cada segundo é único,
me marca profundo,
até sangrar,
como se cada minuto eu vivesse sem jamais esquecer.

O tempo passa e a gente não mais recorda
mas se aquele ponteiro como navalha
não tivesse nos talhado até alma.

Não seriámos jamais quem somos hoje,
nem jamais preveriamos quem pudessemos ser amanhã.

Não como se isso fosse aletório e único,
mas a verdade é que não há outro caminho.

Percorremos tudo isso como obrigatoreidade,
sem no tempo podermos mandar, alterar ou controlar,
como se só pudemos encolhernos um pouco mais,
e fazer com que a navalha não vá tão profundo.

Mas a verdade que mais dói,
é que a cada segundo,
essa navalha nos fere fundo,
profundo,

e nos marca com mais um segundo.

quarta-feira, 9 de julho de 2014

É visceral.



É como se estivesse aqui,
palpitando com meu coração.

É como se fosse muito real,
como se tivesse crescido aqui,
como se eu mesmo tivesse regado,
como se eu mesmo tivesse plantado.

É como se fosse mais raiz do que caule,
é como se fosse profundo,
é como se tivesse caído no terreno seco,
e para crescer tivesse que ter ido o mais fundo possível para encontrar água.

É como se fosse tudo o que eu menos queria,
é como se fosse irreal,
é como se eu pudesse negar,
é como se eu pudesse esconder.

Na verdade, não é...
É como se fosse real e é real.
é como se fosse meu e é meu.
é como se fosse natural e é natural.

É como se fosse romance,
é como se fosse amor,
é como se fosse paixão.

É como se fosse o que alguns conhecem,
mas não é como se fosse simples,
não é como se fosse fácil,
e nem é como se fosse comum.

Acho que na verdade é como se já fosse
e não é como se parecesse.

Não é como se fosse meu,
como se meu dissesse sobre o que me pertence.
mas é como se fosse meu,
como se meu fosse somente uma palavra que liga a pessoa a mim,

não me pertence,
não me completa,
não me torna alguém,
mas
é como se comigo estivesse,
é como se ao meu lado me alegrasse,
é como se junto me animasse.

Não é sobre ilusão,
é sobre vivencia,
não é sobre revolução,
é sobre sinceridade e coerência.

é sobre mim,
pois olhando para dentro,
sei que não sou ilha.