sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Real idade paralela.





Fecho os olhos e levanto meu queixo
deixo a saliva descer, quente e úmida
Olho ao redor e não vejo nada que leve meu rosto,
nada que leve meu cheiro,
nada que pareça familiar.

Levo ele até minha boca e trago,
sua fumaça parecem borboletas descendo pela garganta,
invadindo meu pulmão,
subindo para minha cabeça,
meus olhos vermelhos, com pupilas dilatadas refletem mais um delito cometido.

Afinal por que eu estava triste?
ela me faz sentir melhor,
ela me faz sentir aliviado,
aproveito esse momento pois ele acabará,

Assim que fujo,
assim que corro,
assim me escondo,

Minha fuga da realidade não é insana,
pois insana me é a realidade,
eu fujo para buscar sanidade,
eu fujo para buscar meu lugar,
eu fujo por que lá construo o que leva meu nome,
leva meu rosto,
leva meu cheiro,
leva o que chamo de família.

Lá é onde sou eu,
lá é onde me orgulho do que é meu,

lá é onde me orgulho do que sou eu.